Tuesday, March 12, 2013

A Educação é a solução para o Brasil?


Com 200 milhões de habitantes, melhorias sociais em diversos setores, a 6ª maior economia do mundo e não conseguimos deixar o marasmo de sermos o país da piada pronta. É isso mesmo, o Brasil pode até fazer parte das nações mais ricas do mundo, mas o que conquistou com dinheiro através das indústrias, a eterna politicagem soube tirar margem de nossa ignorância e contribuir para encher seus bolsos e nos atolar de impostos.
Fisiologismo à parte soa até um discurso repetido falarmos que somos um país em que sua classe política é extremamente corrupta e que, só através do voto é que a mudança é feita. Já me questionei outras vezes se o problema é mesmo a falta de educação do povo Brasileiro para ir à busca de uma nova classe política realmente engajada nos problemas do cidadão. Mas, percebo claramente que conceder à educação a razão principal para a falta de cuidado com a escolha de nossos políticos é uma falácia medonha.
Se questionarmos a forma como é distribuída a condução de cargos e pastas importantes para as secretarias que assumem assuntos de interesse nacional, aí é que vemos o total descrédito para a massa política nacional. O partidarismo nacional foi construído desde a república velha na forma de loteamento. As capitanias hereditárias que outrora fizeram parte no Brasil colônia, hoje são os arrendamentos tomados através das pastas, ministérios e secretarias de diversos partidos políticos.
Entre eles, somamos a vedete do momento, a Comissão de Direitos Humanos da câmara, assumida pelo então pastor Marco Feliciano. Muitos devem achar essa situação absurda. Afinal, um pastor que aparece num vídeo tirando 45 mil reais dos fiéis ou ainda, condenando os afrodescendentes à condição de amaldiçoados beira um contrassenso total pós-ditadura e constituição 88 não é? Mas como eu disse mais acima, as capitanias hereditárias ainda existem sob a forma dos arrendamentos das pastas e cargos entre a câmara e o senado e, foi assim que o PSC conseguiu o que queria. Sentindo-se menos representado e com pouca participação do governo Dilma, a solução foi chocar a opinião pública trazendo publicidade ao partido e aos seus afiliados. É mais um jogo de espelhamentos produzidos pela midiatização do cenário político através da mídia Brasileira.
De que forma? Pois bem, a mídia mais uma vez obscurece outro conchavo grotesco ocorrendo nos bastidores da política nacional. Enquanto os olhos se voltam para Feliciano, os holofotes deixam de noticiar a ascensão à comissão de constituição e justiça de José Genuíno, João Paulo Cunha e Paulo Maluf.
E a luta que sobra é, milhares de revoltosos seguindo à câmara e ao senado lutar contra a subida de parlamentares deste calibre ao poder. Seria esta a solução? Seria a educação a solução para evitar que situações assim ocorressem?
A política precisa ser desmistificada nesse país. Enquanto ela for tratada por alguns como uma conversa de cultos, idealistas e desprezada por outros que não querem tomar partido, ela sempre será essa ciranda viciosa que garante à partidos de esquerda, direita e afins, o mar da tranquilidade de suas ações.

Wednesday, March 06, 2013

Desconstruindo discursos: O que diz a revolução bolivariana e o que diz a liberdade Cubana

Em meio à visita da Yoáni Sánchez no Brasil e a luta brutal de diversos estudantes e militantes do modelo político implantado por Fidel Castro, ficamos com aquela lacuna na mente sem entender bem o porquê. Com a morte de Hugo Chavez a questão novamente paira no ar. Por que muitos de nós defendemos uma visão de governo que vai contra o grande satã? E com ele, o neoliberalismo e toda uma representação política baseada no capitalismo?

Primeiro, eu sou absurdamente contra esse “fetiche” de ser contra o que representa os EUA. A impressão que se dá é que diversas pessoas odeiam o país simplesmente porque é os Estados Unidos sem nem mesmo conhecer uma pessoa ou diversas pessoas ou o país. Não defendo o governo americano que como muitos aqui agem imperiosos contra o país que mais faz guerra no mundo, e custam a brigar porque sua economia absorve os mercados locais. Nada muito diferente do que o governo Brasileiro faz e fez em diversos países da América do sul e África à empresas como a Petrobrás e a Vale absorverem elementos naturais de nossos vizinhos e submetê-los à nossas regras. Países como os EUA foram os primeiros a se posicionarem contra o massacre de cidadãos sudaneses e o Brasil? Sequer manifestou uma posição no CS da ONU sobre o caso.

Mas o nosso governo representado por Lula abraçou a causa bolivariana de Hugo Chavez, enquanto muitos cidadãos da classe média olham estupefatos pelo prisma do desrespeito à constituição e pela reeleição quase ininterrupta do Chavez e por querer sempre vestir a espada contra os EUA. Essas pessoas se esquecem de que Chavez mudou radicalmente a história da Venezuela dando acesso a milhares de venezuelanos à saúde e à educação como nenhum outro governo daquele país fez, trouxe de volta a riqueza que um dia pertenceu às multinacionais aos venezuelanos,

Estamos aqui falando do país que é um dos maiores produtores petróleo do mundo fora da OPEP e que se não fosse por isso, Chavez não conseguiria realizar tamanhas transformações sociais que nenhum outro governante havia feito. Isso faz dele um herói e um modelo a ser seguido? Deixo essa pergunta para você que também deveria saber que Chavez utilizou de diversos recursos repressores contra a direita venezuelana (que muitos dizem ser financiada pelo governo americano e que, se ainda o for, não teria força nem legitimidade suficiente para dominar o país).  Não só isso, Chávez também tinha seus problemas com a imprensa local que fosse contrária aos seus ideais, que apesar de incluírem educação e saúde para todos, também deslegitimava o surgimento de opções democráticas e fantasiava o “regime” de uma ditadura democrática.

A visita de Yoáni Sánchez mostrou uma jornalista rica, com o intuito de querer fazer viagens ao mundo inteiro para mostrar como é a visão de dentro de Cuba para o mundo. Poucos entenderam porque a revolta de milhares de pessoas conta a posição da jornalista. É porque Cuba tem um dos melhores sistemas de saúde e de educação do mundo? Ou é porque a ilha de Fidel Castro age com mão de ferro contra a liberdade e manifestação de pensamento não só de profissionais ou de todos?

Fato é: Regimes ditatoriais mesmo que sejam para o bem da população, continuam sendo regimes de exceção, mesmo que tenham sido eleitos democraticamente. Violência física e/ ou psicológica não pode ser pressuposto para que poucos ou muitos possam atingir com plenitude seus direitos e, talvez isso, muitos defensores dos sistemas de governo aplicados em Cuba, Venezuela e outros países, não conseguem atinar-se

Saturday, March 02, 2013

O preconceito regional no Brasil: Questão de Governo?


Com quase um ano e meio vivendo na região sul do Brasil, passei a questionar muitas coisas, sobretudo com relação ao nordeste, região de onde sou natural. Não vou me prender no óbvio em que, muitas pessoas alegam como: A colonização europeia na região sul favoreceu os moradores para que tivessem melhores condições, ou que na região nordeste não existe infraestrutura por conta do índice elevado de corrupção de seus governantes. Incomoda-me que essas comparações só denotam a superficialidade com que, tratamos de fato as configurações socioeconômicas desse país. Por isso, acredito que esta é na verdade, a ideia que muitos, como eu, compartilhamos. A de que:

Nosso governo, da situação ou não, reforça o preconceito regional do país.
 
Basta passear um pouco pelos municípios da região sul e sudeste, para vermos o nível de comprometimento e atenção dado pelos governantes à região. Aqui no RS, por exemplo, viajo por diversos municípios e quando vejo algumas obras, percebo o empenho dos governantes em buscar apoio tanto da seara estadual quanto principalmente federal. A liberação de recursos para essas regiões acabam por ter uma celeridade muito maior do que em outras regiões.

Percebo por exemplo, quanto custa convencer para a região nordeste o empenho dos governantes em liberar recursos para execução de obras, seja em nível municipal ou federal. Muitas vezes, chegam a se passar gestões presidenciais para que este tipo de situação ocorra. Mesmo o próprio presidente Lula, filho do nordeste e que, tentou levar a cabo muitas obras para a região, não conseguiu evitar que muitas delas, sofressem com constantes atrasos, muito mais do que nas regiões sul e sudeste.

É também muito cômodo observar que a cultura do “ajudar a região mais carente do Brasil” entrou no corolário eleitoral sem sequer distinguir de que forma ela acontece. Tratar o sertanejo que sofre o flagelo da seca como um cidadão que precisa receber pensão do governo não é uma forma de incluir socialmente, mas sim de relega-lo ao limbo das ações sociais. O sertanejo que lá se encontra sabe que a região que ele está pode oferecer condições de vida tão boas quanto na cidade, desde que se busque desenvolver na região a cultura do pertencimento. A terra e o subsolo da região possui o que há de mais rico em todas as regiões, mas prefere-se abraçar o cidadão, como se fosse um filho pródigo, do que fornecer-lhe as ferramentas corretas ao seu sustento.

Na região sul, a convergência de ideias e cooperativas que buscam encontrar a saída para problemas como secas ocasionais ou enchentes são muito mais efetivas e há principalmente a questão, que pouco se levanta, do “berço cultural”, em que o espanhol, italiano, alemão, russo, e afins passam a ser muito mais “evoluídos culturalmente” do que o negro, mulato, mameluco das regiões nordeste e norte do país, uma pena.

Não estou aqui questionando o fato de ajudar ou não as diferentes regiões do país, mas sim querendo entender aonde entra a ajuda e a assistência. Prestar Assistência nem sempre é o mesmo que ajudar.  Se a proposta é que o Brasil seja um país de todos (slogan do governo passado), o ideal seria que todos pudessem construir um Brasil só, e não vários.

Thursday, January 19, 2012

Por que a solução para o trânsito não está nas estradas?

Não é de agora que cidadãos de diversas cidades do Brasil reclamam do trânsito em vários locais, vamos tomar como exemplo a cidade de Aracaju que, de 2004 para cá, teve um boom de crescimento no número de carros na cidade. A situação se complica quando os horários de pico disputam a paciência dos motoristas e dos pedestres pelas ruas bem planejadas do centro da cidade e adjacências. Aracaju é um belo exemplo de como o planejamento urbano proposto na cidade ainda no séc. XIX não previu seu crescimento anos seguintes.

Mas esse não é um problema isolado. Estes dias tive a oportunidade de experimentar um pouco o que significa tráfego em grandes metrópoles e fui testar o trânsito de Porto Alegre, me surpreendi com a aparente organicidade do trânsito apesar de ter que rodar quase 40km (isso mesmo, 40km) de lentidão entre cidades da região metropolitana e a capital. Mas, consegui explorar o trânsito e apesar de não conseguir dirigir mais rápido, o trânsito caminhou, o intricado sistema de faixas, freeways, entradas, saídas, entre os escoamentos da cidade facilita e muito o fluxo do trânsito (coisa que a cidade de Aracaju deveria passar a aprender com urgência).

Quando nos acostumamos a ver nos telejornais o trânsito de cidades como São Paulo do qual quase sempre tenho o “prazer” de sentir na pele, percebemos de que forma mal elaborada foi pensado o trânsito no Brasil. A chegada das empresas automobilísticas no país durante os anos 30 e 40 forçou os engenheiros a criar rápidas estradas e adaptar as que já existiam sem pensar em desapropriar casas, construções a fim de não terem a obrigação legal de arcarem com o ônus de indenizar diversas famílias.

Isso é nítido quando vemos a diferença entre o fluxo de trânsito em cidades como São Paulo e Brasília, apesar de que ambas possuem estradas com diversas faixas, no Distrito Federal, as estradas foram pensadas de forma a comportar o trânsito que viria crescer décadas seguintes (hoje a situação já está bem difícil).

Será que precisamos mesmo de estradas?
Devemos ter em mente que o modelo de construção de estradas que o Brasil adotou é semelhante ao modelo americano. Contudo vamos ponderar algumas distinções aqui. A diferença maior quando se observa o trânsito Brasileiro com o americano é a forma de construção das estradas, ainda nos anos de depressão, as linhas de montagem tinham fôlego para inundar o mercado com as diversas versões do Ford T e afins, para tanto era preciso ampliar a malha rodoviária, o New Deal ainda nos anos 30 previa o consumo de milhares de automóveis nos anos seguintes então, o desenvolvimento de estradas não era só uma necessidade mas uma previsão mercantil clara de que o consumo iria explodir nas décadas seguintes.

O modelo americano também se encontra defasado porque foi amplamente adotada por diversas outras nações do globo, a saída é a aposta em sistemas de transporte público? Tais como metrôs e ônibus? Custo acreditar que somente impondo a condição de transportar o cidadão com ônibus e metrô resolveria o problema do trânsito na sociedade global. Ainda que, o metrô seja sim um transporte que vem a ser um alento as dimensões urbanas atuais, os ônibus trazem outro problema -  o custo de suas passagens, manutenção o que cedo ou tarde poderá encarecer mais ainda quem usará esse tipo de transporte.

Talvez a saída seja a concessão de benefícios fiscais as pessoas que, por exemplo, abrem mão de utilizar o veículo e poderiam ter reduzido os custos de impostos, mas é preciso antes de qualquer coisa repensar todo o complexo urbano em que vivemos. Só assim é possível encontrar uma saída para o caótico início de manhãs e fim de tarde que todos nós vivenciamos.

Wednesday, January 19, 2011

Quando o “modismo” ganhou o Troféu


Até que ponto o "modismo" pode ser relevante em se tratando de comportamento e análises estéticas? Bom, sabemos que não é porque algo é dito como moda que temos necessariamente que segui-lo, mas é verdade que ela reflete o momento que cada geração vive, criando um aspecto de identidade entre seus participantes, Geração coca-cola está aí para mostrar que não foi esquecida e é muito bem lembrada.

Mas em se tratando de filmes isso é obrigatório? Deve-se olhar o que for moda em detrimento da qualidade do material cinematográfico?. Essas perguntas talvez permeassem a cabeça de muitos cinéfilos que assistiram na noite de domingo (16) a premiação do Globo de Ouro, e viu como era de certa forma esperado, o sucesso de "A Rede Social" abocanhar os prêmios de melhor trilha sonora, filme, roteiro e direção.

Faço aqui certas reservas a essas premiações. Quer dizer que por conta delas o filme é bom? Nem sempre. Não estou dizendo que A rede social seja um filme medíocre. Muito pelo contrário, é um filme interessante de se ver. Contudo para os mais afoitos em mídias sociais e tecnologia podem ter se frustrado ao assisti-lo. O filme em si não aborda diretamente o Facebook, vai mais além, busca desenvolver as relações humanas oriundas da criação do projeto entre seu criador, Mark Zuckerberg e seus colegas de faculdade.
Cena do filme: A rede Social
Para quem não assistiu ao filme, A rede social conta a história da criação do Facebook (rede social que atualmente está com 600 milhões de usuários - ganhou 100 milhões nos últimos 06 meses), mas não conta a história em seu aspecto técnico, fala de como Zuckerberg teve uma idéia depois de ter terminado o relacionamento com sua ex-namorada. A partir daí, uma série de confusões e 02 processos judiciais envolvem a vida do jovem "geek", que se vê da noite para o dia, um fenômeno na faculdade e, em menos de 05 anos, criador da mais importante rede social virtual atualmente.

Jesse Eisenberg me convenceu no papel de Zuckerberg, retraído, obsessivo, compulsivo, rancoroso. Enfim, "qualidades" até certo ponto diferentes para o jovem ator. Contudo a meu ver não passa de uma atuação comum, com certo destaque. Talvez o ponto alto do filme seja a disputa entre seu ex-colega de quarto, o Brasileiro Eduardo Saverin (interpretado por Andrew Garfield - o próximo Peter Parker na sequência de Homem Aranha) e Sean Parker (Justin Timberlake) criador do Napster que também ficou conhecido por sofrer processos colossais no início de 2001/2 por conta da criação do seu programa de compartilhamento, Aliás, durante muito tempo, Parker e Lars Ulrich (Baterista da banda Metallica) Brigaram judicialmente por conta do seu programa.

No que tange aos aspectos técnicos, o filme não trás muitas novidades. Nem mesmo a trilha sonora. (filmes como Black Swan e A Origem). Mesmo que eu até goste de quem assina a trilha sonora do filme, que foi feita por Trent Reznor, vocalista do Nine Inch Nails, (pra quem não conhece, recomendo o som). Ainda assim, seriam bem melhor indicados para essa categoria. Não que eu considere David Fincher um mau diretor, aliás, bem longe disso, talvez seu momento mais brilhante tenha sido em filmes como Clube da luta, Seven ou  O Curioso caso de Benjamim Button se comparado com este.

A Rede Social, apesar dos pesares é, em minha opinião, um filme mediano que talvez tenha alcançado tamanha notoriedade por conta da maior rede social do mundo, mas mesmo assim, vale à pena assisti-lo. Afinal, como bem disse o 'teaser' do filme: "Você não constrói uma rede social com mais de 500 milhões de amigos, sem fazer alguns inimigos".

Tuesday, January 04, 2011

O Itamaraty e as Cotas Raciais

Alguns amigos próximos sabem, mas se porventura você é um leitor muito eventual deste blog, sabe agora. sou um entusiasta da seara diplomática, tendo por duas vezes tentado o CACD (vou tentar de novo até entrar hehe - desde que haja ampliação das vagas). Já escrevi vários posts aqui sobre a diplomacia e seu impacto na vida de qualquer país, não somente no aspecto financeiro mas também socio-cultural.

No fim da semana passada, o diário Oficial da União, publicou a notícia de que no CACD de 2011, haverá o regime de cotas no processo de seleção do concurso. Uma novidade bem recebida a meu ver, pois visa no caso trazer o maior contingente de estudantes negros junto a representatividade diplomática. conforme o Brasil vem crescendo dentro do teatro internacional fica sendo necessário essa inclusão.

Muitos lógico, são conta a iniciativa pois acreditam que as cotas ferem um direito adquirido e seriam vistas como um 'privilégio' para os candidatos negros e uma facilidade para que estes ingressem no Instituto Rio Branco. Segundo o DOU, o regime de cotas se inicia a partir da aprovação dos candidatos na segunda fase do concurso e não no ato de realização na primeira fase. (pra quem nao conhece, são 04 fases para se adentrar no Instituto Rio Branco).

A verdade sempre se situa por detrás das entrelinhas, não existe somente o que muitos sociólogos e defensores das cotas clamam como "uma dívida social" com os negros. A verdade é que o Brasil como a 2ª maior nação negra do mundo foi duramente criticada nos fóruns internacionais por não ter no seu corpo diplomático integrantes negros, o que foi visto como um contrasenso absurdo.

O Brasil se julga o mais importante país multi-étnico do planeta e, aparentemente quando se trata em questões diplomáticas, é o mais abastado possível. Nada mais natural visto que até bem pouco tempo, a carreira diplomática era por vezes assumida por políticos e por apadrinhamento sequer feito com profissionais capacitados para atuar precisamente em negociações internacionais.

Att
Rafael Gomes

Thursday, December 23, 2010

Um Rei Gago!

Pa-pa-pa-pa-pa-pa-para co-co-co-com Is-is-isoo!!! É impossível às vezes não cair de riso quando se ouve alguma pessoa que sofre de Disfemia, ou, a popular gagueira e, por conta disso, os gagos são por vezes alvos constantes de chacota. E por quase sempre se tornarem irritadiços por conta do problema, fato que por vezes costumam deixar situações embaraçosas para eles em comédia pastelão para nós, Mas quem disse que não é possível ter notoriedade apesar do problema? A Solange, “Gaga de Ilhéus" é celebridade apesar do distúrbio.


Mas por que do pano de fundo? Esses dias, assisti à um filme em que o tema é explorado de forma bem eloqüente, ainda que não se possa dizer quais os reais méritos do ato. The Kings Speech (O discurso do Rei), trás o ator Collin Firth (O Diário de Bridget Jones, Mamma Mia) no papel de King George VI, patriarca e rei da Inglaterra que assumiu o torno num período muito instável, durante os anos 30 do séc. passado.

Collin firth e Bonhan Carter em Kings Speech
George VI era gago e quando ficava muito nervoso o distúrbio proliferava criando verdadeiros embaraços para a principal figura da Monarquia Inglesa. Durante os anos 30, a massificação dos meios de comunicação de massa como o rádio e o inicio das transmissões de imagem forçaram as autoridades a se dirigir às multidões sem que antes esse procedimento jamais tivesse sido necessário, ainda mais num período em que Hitler e Mussolini conseguiam atrair multidões com seus discursos inflamados pregando o Nazismo e o Fascismo respectivamente.

O que realmente de fato aconteceu. Quem assumiria o Trono era seu irmão Edward interpretado por Guy Pearce (Guerra ao Terror) que, abdicou da monarquia e foi viver nos EUA. Sendo obrigado à assumir o "espólio" e com o problema a acompanhar em parte de seus pronunciamentos, sua esposa, a Rainha Elizabeth, interpretada aqui brilhantemente pela atriz Helena Bonham Carter (Harry Potter e Clube da Luta) sugere a visita de um médico com algumas medidas, um tanto radicais, Geoffrey Rush (Piratas do Caribe) faz o papel do Dr. Lionel Logue. O filme é basicamente essa relação entre o médico excêntrico e o rei "com o coração na mão" em seus discursos.

O discurso do Rei é o favorito a levar boa parte das estatuetas do Oscar esse ano. É um filme muito interessante, mas não é brilhante. Vale à pena assistir caso você tenha interesse em saber um pouco mais sobre a história do monarca, pai da atual rainha Elizabeth II.

A estréia no Brasil é prevista para 04 de fevereiro.

Att
Rafael Gomes