Tuesday, March 23, 2010

Quando a democracia aperta...

Até quando a liberdade de expressão nos meios digitais realmente causa impacto à ponto de nos tirar a paz e o sossego? Será quando sem querer (ou querendo) damos a entender que pontos de vista divergentes quando a atuação do governo se mostra muito mais escancarada do que a propaganda institucional enseja?

Senao vejamos. Qual seria o "louco" de malograr o Bolsa Família em tempos de eleição?? Na certa é um pró-pesedebista afim de ganhar uns pontos com a direita chamando de leviano o "pelego" de 4 dedos. Ou então o ultra-nacionalista querendo a proteção estatal a ponto de tirar-nos o direito da livre escolha (tem gente dentro do governo de situação com esse pensamento e nao me digam que não).

Mas pior seria esse que tem coragem de estampar aos olhos de todos que existem muito mais falhas do que acertos ou aquele que preferem persuadir a população mostrando que as benesses sempre são maiores que as consequências? Fica muito mais fácil mostrar as partes boas quando se tem um mundo de coisas ruins, não? Ajudar os Haitianos nos parece agora muito mais propício já que todos os Brasileiros estão erradicados da pobreza, analfabetismo e miséria plena.

A situação que se espelha dentro da União Federal se assemelha muito quando se compara a realidade dentro dos Estados. Vamos por a realidade aqui de Sergipe. Por ora, a impressão de quem chega é que a isonomia impera entre as opiniões quanto a postura política do atual governo e de seus aliados e oposição.

E não está enganado quem pensar dessa forma. Hoje a imagem do governo de Sergipe é mascarada pelos interesses dos grupos políticos vigentes, não há mais esquerda. Ela foi sucumbida pelos interesses individuais e coletivos sempre dos grandes conglomerados (e no caso de Sergipe, das grandes famílias que nao precisam sequer serem ditas nessa "humilde" postagem).

O equivoco é que se posicionar de maneira contrária pode causar em revelia reações com impactos cirúrgicos com a idéia de minar as diversas opiñões conflitantes que existem dentro da sociedade Sergipana e estão a baila de serem efetivamente libertadas. É preciso mostrar muito mais empenho em se expor as verdades em detrimento às falácias. A idéia de "pára-estatal", de locupletar o senso comum pondo em vistas uma realidade produzida dentro de agências de comunicação institucionais em nada exime a realidade convivida pelos cidadãos que procuram saude dentro dos postos de saude, ou matriculando-se nas escolas, ou tendo que pagar uma das tarifas mais caras de ônibus do nordeste.

Abrir o olho nunca é demais.

Cordialmente
Rafael Gomes