Tuesday, October 26, 2010

O Jornalismo Open Source e a Comunicação Móvel.


O bom jornalismo é aquele que dispõe de uma perfeita compilação dos fatos, hermeticamente planificada e de fácil absorção de conteúdo. Ainda que esta seja uma fórmula repetitiva e de grande valia durante a formação do profissional está chegando aos poucos o momento em que a “pirâmide invertida” não se torne mais o modelo quadrado de produção da informação.

Aliás, o advento das novas tecnologias não vem somente transformando o ambiente das redações jornalísticas. O profissional precisa aprender que a Internet transcende o ambiente virtual. A informação catedrática feita incessantemente nas universidades encontra na web, os blogs, as redes sociais, os emails e, mais recentemente os aparelhos celulares como plataformas e ferramentas nas notícias.

O jornalismo do século XXI se torna cada vez mais Open Source (colaborativo). E quem ganha com isso? Eu, você que provavelmente esteja lendo esse este post e todos ao nosso redor, utilizar a “arte” do fazer jornalismo está migrando aos poucos de mãos e o poder da informação já não é mais soberana nas mãos dos conglomerados de mídia. Ao contrário, basta observar os espaços que inúmeros jornais e portais da Internet demandam. Algo como: “Seja você um repórter-cidadão”.

Se por um lado as possibilidades de acesso à um conteúdo cada vez mais democrático da informação, por outro reveste a defesa de interesses próprios onde a mesma informação pode sair prejudicada e o leitor, no meio desse fogo cruzado, sem saber o que realmente acontece de fato. Por exemplo: O que dizer de grupos ou pessoas que escrevem diversas vezes em seus blogs defendendo a legalização da Maconha ou a Pirataria? Seria uma prática jornalística responsável ou não?

Fato é que apesar das críticas e elogios. O Jornalismo open source ganha com as tecnologias que lhe possibilitaram sua força nos últimos anos. Mais recentemente a tecnologia móvel impulsionou de igual maneira que basta ter um celular com acesso à conexão 3G que a produção da informação e disseminação do conteúdo está no bolso de cada um.

Esse perfil não vem só mudando a forma como a produção de informação é feita. Os celulares se tornaram plataformas de trabalho para muitas profissões. O jornalismo não consegue sobreviver mais sem ele. Câmera, gravador, reprodução de fotos, produção de textos, ao alcance de todos, favorecendo a todos.

Mas há conseqüências para a categoria profissional. Um estudo publicado em março de 2010 alerta que a prática do jornalismo cidadão não pode nem deve substituir o jornalismo tradicional. Por conta do risco de se saber da veracidade da informação influenciando diretamente na credibilidade da empresa que veicula tal foto ou imagem.

A discussão está só no início, mas e quanto a você? Já pensou em ser um colaborador jornalístico?

Links Reladionados:

“Lo que funciona” en el Periodismo Ciudadano. Un estudio del J-Lab

Monday, October 18, 2010

Sobre Presidentes e Militância: Por que não devemos seguí-los?

Em menos de 15 dias, os Brasileiros retornarão às urnas a fim de por um desfecho às eleições para governos de estados e presidente desse país. Não obstante fosse ter de locomovermos às urnas e termos que cumprir com o nosso dever cívico (muito bom exercê-lo, ruim com ele pior sem ele certo?), a falha ainda fica por conta do marasmo envolto às candidaturas dos presidenciáveis e sua prisão à temas secundários.

Se os níveis econômicos estão bem, segundo o IBGE (ainda que discorde de qualquer órgão que trabalhe em prol do governo) esta me parece para os presidenciáveis ser uma decisão de segundo plano. Ambos, Dilma (PT) e Serra (PSDB) descorrem seuas campanhas políticas agora sobre posições favoráveis e contrárias ao aborto, meio ambiente, procurando manter uma linha contínua de economia criada às bases da redemocratização Brasileira.

Os méritos existem para todos os presidentes anteriormente. Se Collor nao abrsse o mercado para os importados não teríamos o número de empresas automobilísticas que temos hoje. Itamar foi fundamental para preparar uma política de base monetária capaz de controlar os fluxos de capital no país. FHC retomou os trilhos, enfrentou crises mundiais, mas manteve a moeda forte e sustentável. Lula trouxe a sedimentalização do plano macroeconômico Brasileiro, consolidou as políticas assistencialistas empregadas pelo governo anterior e colocou o Brasil definitivamente no mapa geopolítico mundial.

O que resta aos presidenciáveis? Continuar seguindo a cartilha. sem grandes invenções ou grandes idéias. Diminuir o tamanho do Estado e / ou privatizações que volta e meia permeiam as idéias de integrantes do (PSDB) contra o excessivo gastos e investimentos ou a farra de crédito que se viu no governo do PT. O país agora, empresta dinheiro e a especulação imobiliária toma caminhos assombrosos ano à ano.

O próximo presidente poderá enfrentar crises com a interrupção de crédito. Afinal, o capitalismo é cíclico, não existe eterna fartura como também eternos problemas. É por essas razões que o que mais me enoja dentro dos partidos políticos seja os membros que os compõe. Em outras palavras: A Militância.

O militante é visceral. Se emprega de um discurso indubitávelmente ideológico afim de persuadir o público a compartilhar com ele seus ideais. é cego e impulsivo procura defender com unhas e dentes programas e proessos políticos de que acredita entender e esforça-se para transformar essa crença de maneira a ludibriar àqueles a que eles se direcionam, ou seja, nós mesmos.

As organizações partidárias brasileiras precisam do trabalho da militância política Contudo esquecem do principal - A militância é diferente do comprometimento político. O militante acredita que o debate de idéias é insuficiente, para ele é preciso ação, demonstrar seu objetivo fechando os olhos para outros projetos tendo os olhos unicamente no seu projeto, o tipo ideal weberiano se adequa milimetricamente ao pensamento militante.

O comprometimento político difere da militância. É afiscalização dos agentes públicos, é o interesse nos caminhos da política, a abertura de idéias, de discussões na esfera pública capaz de com isso, encontrar soluções de forma ampla. O comprometido político nãoo se reforça do discurso ideológico hegemônico, se aparta dele por entender que este discurso vicia as necessidades básicas do projeto de governo - O bem comum de toda a sociedade.

Ainda enfrentaremos longos anos de amadurecimento político, resta saber se encontraremos dentro dos partidos, mais pessoas comprometidas politicamente ou se continuaremos a assistir desastrosos exemplos de militância desenfreada e oblíqua.
Atenciosamente
Rafael Gomes