As imagens que nos chegam pela televisão nos entorpecem. Casas, barrancos, imóveis, vidas que são perdidas pela força de uma chuva. Catástrofe que nós, enquanto seres humanos não predispormos de maneiras suficientes para, na medida do possível ou no limiar do perigo, evitá-las, porém há conhecimento suficiente para senão evitá-las, preveni-las.
Não há aqui porquê sentir remorso pelos meus comentários. A tragédia que assola parte do Rio de Janeiro e de diversas outras cidades do país tem raízes profundas no modo de distribuição de renda que não fica nem um pouco distante dos modelos de especulação imobiliária, danosos tanto no passado quanto no presente. A distribuição populacional da cidade do rio de janeiro e de muitas outras obedeceram a esses critérios de relevância, no modelo habitacional das comunidades carentes em questão.
Conforme a cidade vai expandindo-se para outros locais, as construtoras seguem um cronograma de posse e arrendamento dos terrenos. Ao passo que cria incontáveis conjuntos residências obriga antigos moradores a se afastarem ou a levantar suas residências em barrancos, encostas e locais que apresentam perigo à vida deles e das moradores desses conjuntos habitacionais.
Aqueles moradores oriundos dessas localidades nao tinham como angariar condições suficientes para morar em locais seguros, habitaram as encostas por serem de acesso muitas vezes mais fácil para os seus locais de trabalho pois quanto mais distantes maiores as dificuldades para esses moradores. Dessa forma se estende por longos anos e o crescimento populacional obriga as prefeituras e o governo a realizar benfeitorias a fim de oferecer o mínimo de dignidade para essas pessoas.
Sem que essas realizações não venham com outros ônus. É mais viável (não sei porquê) para as prefeituras, gastar vultosas quantias de dinheiro, pavimentando, colocando energia "criando" esgoto, para se cobrar o IPTU do que gastar um pouco menos em programas de arrendamento social e financiamento habitacional para essas famílias. Verdade seja dita que na atual gestão houve um incentivo maior para que famílias de baixa renda pudessem adquirir o próprio imóvel, mas essa realidade ainda não bate a porta do grosso populacional.
O gozo de programas como o "minha casa" acabam atingindo em maior quantidade as famílias com formação recente. As antigas famílias, moradoras dessas regiões, continuam a erguer suas casas nesses locais. Sem a menor garantia do governo e do município de que ao saírem, terão suas vidas re-estabelecidas em outro lugar.
O problema é grave, há conhecimento, há como se resolver, o que não há é vontade política e gestora para se fazê-lo.
Cordialmente
Rafael Gomes
Não há aqui porquê sentir remorso pelos meus comentários. A tragédia que assola parte do Rio de Janeiro e de diversas outras cidades do país tem raízes profundas no modo de distribuição de renda que não fica nem um pouco distante dos modelos de especulação imobiliária, danosos tanto no passado quanto no presente. A distribuição populacional da cidade do rio de janeiro e de muitas outras obedeceram a esses critérios de relevância, no modelo habitacional das comunidades carentes em questão.
Conforme a cidade vai expandindo-se para outros locais, as construtoras seguem um cronograma de posse e arrendamento dos terrenos. Ao passo que cria incontáveis conjuntos residências obriga antigos moradores a se afastarem ou a levantar suas residências em barrancos, encostas e locais que apresentam perigo à vida deles e das moradores desses conjuntos habitacionais.
Aqueles moradores oriundos dessas localidades nao tinham como angariar condições suficientes para morar em locais seguros, habitaram as encostas por serem de acesso muitas vezes mais fácil para os seus locais de trabalho pois quanto mais distantes maiores as dificuldades para esses moradores. Dessa forma se estende por longos anos e o crescimento populacional obriga as prefeituras e o governo a realizar benfeitorias a fim de oferecer o mínimo de dignidade para essas pessoas.
Sem que essas realizações não venham com outros ônus. É mais viável (não sei porquê) para as prefeituras, gastar vultosas quantias de dinheiro, pavimentando, colocando energia "criando" esgoto, para se cobrar o IPTU do que gastar um pouco menos em programas de arrendamento social e financiamento habitacional para essas famílias. Verdade seja dita que na atual gestão houve um incentivo maior para que famílias de baixa renda pudessem adquirir o próprio imóvel, mas essa realidade ainda não bate a porta do grosso populacional.
O gozo de programas como o "minha casa" acabam atingindo em maior quantidade as famílias com formação recente. As antigas famílias, moradoras dessas regiões, continuam a erguer suas casas nesses locais. Sem a menor garantia do governo e do município de que ao saírem, terão suas vidas re-estabelecidas em outro lugar.
O problema é grave, há conhecimento, há como se resolver, o que não há é vontade política e gestora para se fazê-lo.
Cordialmente
Rafael Gomes