Monday, October 18, 2010

Sobre Presidentes e Militância: Por que não devemos seguí-los?

Em menos de 15 dias, os Brasileiros retornarão às urnas a fim de por um desfecho às eleições para governos de estados e presidente desse país. Não obstante fosse ter de locomovermos às urnas e termos que cumprir com o nosso dever cívico (muito bom exercê-lo, ruim com ele pior sem ele certo?), a falha ainda fica por conta do marasmo envolto às candidaturas dos presidenciáveis e sua prisão à temas secundários.

Se os níveis econômicos estão bem, segundo o IBGE (ainda que discorde de qualquer órgão que trabalhe em prol do governo) esta me parece para os presidenciáveis ser uma decisão de segundo plano. Ambos, Dilma (PT) e Serra (PSDB) descorrem seuas campanhas políticas agora sobre posições favoráveis e contrárias ao aborto, meio ambiente, procurando manter uma linha contínua de economia criada às bases da redemocratização Brasileira.

Os méritos existem para todos os presidentes anteriormente. Se Collor nao abrsse o mercado para os importados não teríamos o número de empresas automobilísticas que temos hoje. Itamar foi fundamental para preparar uma política de base monetária capaz de controlar os fluxos de capital no país. FHC retomou os trilhos, enfrentou crises mundiais, mas manteve a moeda forte e sustentável. Lula trouxe a sedimentalização do plano macroeconômico Brasileiro, consolidou as políticas assistencialistas empregadas pelo governo anterior e colocou o Brasil definitivamente no mapa geopolítico mundial.

O que resta aos presidenciáveis? Continuar seguindo a cartilha. sem grandes invenções ou grandes idéias. Diminuir o tamanho do Estado e / ou privatizações que volta e meia permeiam as idéias de integrantes do (PSDB) contra o excessivo gastos e investimentos ou a farra de crédito que se viu no governo do PT. O país agora, empresta dinheiro e a especulação imobiliária toma caminhos assombrosos ano à ano.

O próximo presidente poderá enfrentar crises com a interrupção de crédito. Afinal, o capitalismo é cíclico, não existe eterna fartura como também eternos problemas. É por essas razões que o que mais me enoja dentro dos partidos políticos seja os membros que os compõe. Em outras palavras: A Militância.

O militante é visceral. Se emprega de um discurso indubitávelmente ideológico afim de persuadir o público a compartilhar com ele seus ideais. é cego e impulsivo procura defender com unhas e dentes programas e proessos políticos de que acredita entender e esforça-se para transformar essa crença de maneira a ludibriar àqueles a que eles se direcionam, ou seja, nós mesmos.

As organizações partidárias brasileiras precisam do trabalho da militância política Contudo esquecem do principal - A militância é diferente do comprometimento político. O militante acredita que o debate de idéias é insuficiente, para ele é preciso ação, demonstrar seu objetivo fechando os olhos para outros projetos tendo os olhos unicamente no seu projeto, o tipo ideal weberiano se adequa milimetricamente ao pensamento militante.

O comprometimento político difere da militância. É afiscalização dos agentes públicos, é o interesse nos caminhos da política, a abertura de idéias, de discussões na esfera pública capaz de com isso, encontrar soluções de forma ampla. O comprometido político nãoo se reforça do discurso ideológico hegemônico, se aparta dele por entender que este discurso vicia as necessidades básicas do projeto de governo - O bem comum de toda a sociedade.

Ainda enfrentaremos longos anos de amadurecimento político, resta saber se encontraremos dentro dos partidos, mais pessoas comprometidas politicamente ou se continuaremos a assistir desastrosos exemplos de militância desenfreada e oblíqua.
Atenciosamente
Rafael Gomes

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