Se os oito anos de governo Lula podem ser lembrados pelo PAC e pelo Bolsa Família, além de muitas outras conquistas (e prejuízos) à sociedade Brasileira. Gosto em particular de falar sobre a política externa do país. Essa sim deu uma engrenada fenomenal nesses últimos oito anos como nunca visto desde o processo de redemocratização do país na década de 80.
O chanceler Celso Amorim conseguiu uma proeza que não era vista há muito dentro do Itamaraty – conseguiu transformar o MRE numa das pastas mais atuantes do governo e que a partir de agora e dos próximos governos terá um papel fundamental no processo de solidificação da imagem do País. Lula elaborou as bases desse processo de forma competente, levando o país de mero coadjuvante em reuniões de organismos internacionais à agente com relativo destaque dentro desses fóruns
Para se ter um exemplo, durante o governo FHC, o número de embaixadas que o Brasil possuía no exterior era quase 40% inferior ao atual número. A causa disso? Um maior acesso ao mercado externo de produtos Brasileiros reduzindo consideravelmente a dependência do país de mercado exclusivo com os grandes mercados. A busca por novos países tornou o Brasil um dos mercados mais competitivos e dinâmicos não só da América Latina mas em seu contexto global, ainda que com severas amarras no que tange à políticas fiscais.
Vitórias contra medidas anti-dumping vencidas na OMC contra o governo dos EUA e da União Européia deram provas suficientes da eficiência do mercado nacional e da competência do MRE. Mas as conquistas não pararam por aí. A maior mudança a meu ver foi a política de acesso aos Brasileiros que querem ou almejam seguir a carreira diplomática, antes restrita muito mais à uma política de indicação revestida de um concurso público quase que totalmente restrito às elites nacionais.
Durante os últimos anos, o MRE ampliou o número de vagas e de acesso para quem quiser seguir a carreira de diplomata (meta da qual também almejo) e que por isso mesmo políticas como bolsa de estudos para estudantes que não podem ter acesso aos livros e estudar para o concurso foram disponibilizadas nesse governo. Dando uma cara mais “democrática” à um dos cargos de grande prestígio dentro da administração pública do Brasil, embora o glamour resida só no nome.
Resta saber agora que tipo de política será ajustado no governo de “continuidade” composto por Dilma Roussef. Particularmente a opção de entregar a pasta a nomes como Nelson Jobim e figurões da política nacional me causa arrepios. Relações Exteriores devem ser encaradas como gestão estratégica não só do novo governo, mas do que seguirão e essa escolha não deve seguir acordos políticos. Mas se fosse para citar nomes que poderiam substituir o Amorim, arriscaria o do ex-ministro da Justiça, José Viegas (diplomata de Carreira) ou, acredito, o mais indicado. Antônio Patriota, atual secretário-geral do Itamaraty.
O chanceler Celso Amorim conseguiu uma proeza que não era vista há muito dentro do Itamaraty – conseguiu transformar o MRE numa das pastas mais atuantes do governo e que a partir de agora e dos próximos governos terá um papel fundamental no processo de solidificação da imagem do País. Lula elaborou as bases desse processo de forma competente, levando o país de mero coadjuvante em reuniões de organismos internacionais à agente com relativo destaque dentro desses fóruns
Para se ter um exemplo, durante o governo FHC, o número de embaixadas que o Brasil possuía no exterior era quase 40% inferior ao atual número. A causa disso? Um maior acesso ao mercado externo de produtos Brasileiros reduzindo consideravelmente a dependência do país de mercado exclusivo com os grandes mercados. A busca por novos países tornou o Brasil um dos mercados mais competitivos e dinâmicos não só da América Latina mas em seu contexto global, ainda que com severas amarras no que tange à políticas fiscais.
Vitórias contra medidas anti-dumping vencidas na OMC contra o governo dos EUA e da União Européia deram provas suficientes da eficiência do mercado nacional e da competência do MRE. Mas as conquistas não pararam por aí. A maior mudança a meu ver foi a política de acesso aos Brasileiros que querem ou almejam seguir a carreira diplomática, antes restrita muito mais à uma política de indicação revestida de um concurso público quase que totalmente restrito às elites nacionais.
Durante os últimos anos, o MRE ampliou o número de vagas e de acesso para quem quiser seguir a carreira de diplomata (meta da qual também almejo) e que por isso mesmo políticas como bolsa de estudos para estudantes que não podem ter acesso aos livros e estudar para o concurso foram disponibilizadas nesse governo. Dando uma cara mais “democrática” à um dos cargos de grande prestígio dentro da administração pública do Brasil, embora o glamour resida só no nome.
Resta saber agora que tipo de política será ajustado no governo de “continuidade” composto por Dilma Roussef. Particularmente a opção de entregar a pasta a nomes como Nelson Jobim e figurões da política nacional me causa arrepios. Relações Exteriores devem ser encaradas como gestão estratégica não só do novo governo, mas do que seguirão e essa escolha não deve seguir acordos políticos. Mas se fosse para citar nomes que poderiam substituir o Amorim, arriscaria o do ex-ministro da Justiça, José Viegas (diplomata de Carreira) ou, acredito, o mais indicado. Antônio Patriota, atual secretário-geral do Itamaraty.
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