É bem provável que hoje, trinta de dezembro, por volta das 8 da manhã seja executado o ex-ditador Saddan Husseim no Iraque. Acusado de cometer atrocidades não só contra os seus conterrâneos mas também contra seus vizinhos, não é de admirar que sejam muitos os que comemorarão na certa, o desfecho de um genocida que por anos se sustentou no poder por mão de ferro e por praticar a política do medo.
Essas Habilidades foram necessárias durante mais de 30 anos. Necessárias? Sim, como manter a estabilidade em um país, rico em petróleo, cobiçado pelas demais potências e que têm dentro do seu território, diferentes etnias que criaram um racha por séculos. Dessa forma a aparente "isonomia" que existia dentro do estado iraquiano foi por muitos anos a máscara de elemenos que constituíam mais um barril de pólvora do que uma sociedade dividida nas mais vastas castas.
Uma habilidade que todos nós sabemos, o governo americano ajuda cada dia que passa a destruí-la. A pretexto de uma campanha messiância para proteger o povo americano de futuros ataques terroristas nos Estados Unidos e a necessidade de criar um porto seguro dentro do oriente médio, garantindo suprimento de petróleo para o país diminuindo ainda mais a dependência do governo americano dos príncipes sauditas, capaz de ser uma expoente democracia e possivelmente iria ser a mola propulsora para revoluções democráticas em todo o oriente médio. Contudo, a teoria mostra sempre ser um empecilho atroz à implementação da realidade.
A título de conhecimento e discussão, não procuro aqui exibir os culpados, a questão que fica com a prisão do ex-ditador, em condições degenerativas, as derrotas mais que insistentes do plano de elaboração e estruturação da invasão no território iraquiano e a guerra civil no país acabarão por fazer do Saddan Husseim, um Mártir. Pelo menos, para a minoria sunita.
Não fica difícil imaginar o porquê, sendo constantemente bombardeados por ataques de radicais que era justamente o que mais se temia e que o próprio ex-ditador combateu por anos dentro do regime, a instabilidade financeira na região, a destruição de elementos históricos como a Mesquita Dourada e outros tesouros da cultura Suméria que para sempre foram destruídos, fora a insegurança incapaz de controlar revoltas na região, fazem com que muitos iraquianos sintam falta dos períodos de ditadura. Fica difícil colocar na balança para eles e comparar: Falta de liberdade e controle social do que Liberdade e guerra civil.
Por mais que os novos profetas afirmem que a morte anunciada do ex-ditador seja o prelúdio da 3ª e derradeira guerra mindual, à meu humilde e insignificante ver, só será capaz suficiente de rachar a unidade iraquiana possivelmente criando governos distintos sendo influenciados basicamente pelo governo Americano e pelo regime dos Aiatolahs no Irã.
Att.
Rafael Gomes
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